Setembro Amarelo: Mês de Prevenção ao Suicídio.

É importante ficarmos
atentos aos pequenos sinais que as pessoas que possuem pensamentos suicidas
costumam dar.
Chegamos ao mês de Setembro, conhecido como Setembro Amarelo. E junto dele, nasce um dialógo sobre a prevenção ao suicidio.
A data, 10 de setembro, foi escolhida para colocar em pauta o assunto, trazer para discussão e simbolizar a prevenção ao suicídio. A campanha de conscientização sobre o suicídio, acontece no Brasil desde 2014 e tem o objetivo de alertar as pessoas sobre a realidade do suicídio, como prevenir e desmistificar o tema em nossa sociedade.
A taxa de suicídio subiu 60% desde 1980 no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até o ano de 2020 em torno de 1,53 milhões de pessoas cometerão suicídio.
Por isso, a OMS já considera o suicídio como um problema de saúde pública e busca formas de atingir as pessoas com intuito de disseminar conhecimento sobre o assunto. Isso é feito através de cartilhas, divulgação de dados de suicídio e informação, inclusive para os profissionais, no sentido de orientá-los em como proceder nestas situações.
Por isso, é necessário ficar atento aos sinais que as pessoas que tem pensamentos suicidas costumam dar. Geralmente quem pensa em se suicidar expressa isso de alguma forma, e para prevenir o suicídio não há uma fórmula pronta, mas existem alguns sinais que podem indicar a presença de pensamentos ou tentativas de suicídio e que nos servem de alerta.
Algumas pessoas acreditam que quem fala em suicídio só quer chamar a atenção e não pretendem, de fato, se matar. Mas, ao contrário disso, quem fala pode estar pedindo ajuda Dê valor ao que não tem preço!
Por isto, fique atento a frases do tipo: "não aguento mais", "eu queria sumir", "eu quero morrer", "não vejo mais sentido na minha vida", entre outras frases que indicam um nível elevado de esgotamento psíquico.
É necessário poder falar sobre o suicídio. Hillman (2014) afirma que ainda há muita resistência em conseguir falar sobre esse tema abertamente, visto que a sociedade rejeita e trata com preconceitos. O tema ainda é tido como um grande tabu, mas este precisa ser ressignificado. O mesmo autor ainda discorre acerca da naturalidade em ocultar o suicídio e falta de interesse em compreender o sofrimento do outro e a dimensão do problema.
O suicídio é um fenômeno multifatorial e complexo. Geralmente são vários fatores que interagem entre si provocando o pensamento e/ou comportamento suicida. O Suicídio pode ser considerado como um sintoma de algo que não foi tratado de maneira adequada.
Ao menor sinal de um destes fatores, é necessário buscar ajuda (o que também, em muitos casos, pode ser extremamente difícil para a pessoa fazer sozinha). É necessário avisar aos familiares e outras pessoas próximas, buscar apoio médico (psiquiátrico) e psicológico. E mesmo conversar e incentivar a pessoa a buscar ajuda e a não desistir, pode fazer com que ela se sinta acolhida, apoiada e isso pode ajudar bastante no processo de recuperação.
Desta forma, identificação e intervenção antecipada pode salvar vidas. Com a psicoterapia pode-se trabalhar esses pensamentos não-saudáveis, trazendo benefícios para quem tem pensamentos e comportamentos de morte, pois somente pelo fato de pensar em acometer contra sua própria vida já pode se considerar um comportamento significativo que requer atenção e cuidado.
"O verdadeiro valor da vida, é dar valor a própria vida." (Hudson Charles)